sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010


Porto Alegre, uma cidade linda, turistica,visitada, Mas com seus contrastes.
Nós Iremos, em lugares onde ninguém quer pisar, Falaremos de Jesus, onde ninguém quer ir, Ali estão pessoas sedentas de Deus.


Conheça um lugar, por onde vamos passar:
Vila Chocolatão.


Um pesadelo chamado Vila Chocolatão



“Até no lixão nasce uma flor”, avisa o grafite desenhado com capricho num dos muros de entrada da Vila Chocolatão, no coração de Porto Alegre. Pode ser. Mas o mais comum é nascerem ali ratos do tamanho de gatos, gatos do tamanho de cães, pombos que ingerem sobras de comida e crianças que brincam em meio ao lixo. Vez que outra se avista uma planta, em um daqueles bem-vindos caprichos da natureza.


AVila Chocolatão, situada ao lado do prédio marrom da Receita Federal, o que lhe garantiu o apelido, é um pesadelo urbano que teima em assombrar a Capital. Vive imersa no lixo e dele tira seu sustento, já que a comunidade revende aquilo que é rejeitado pelos moradores do Centro. Sacos e mais sacos de detritos se empilham no fundo dos casebres, uma armadilha que assusta qualquer quem conhece o local.


As malocas não têm água encanada ou saneamento. A criançada passeia de pés descalços em meio a línguas negras de esgoto a céu aberto, até por falta de que fazer – inexistem creches na vila. As poças de água misturada a fezes estão sempre repletas de mosquitos e larvas de insetos. Poucos barracos dispõem de banheiros, a maior parte utiliza sanitários coletivos doados pela prefeitura.


A principal entrada, que deveria ser o cartão-postal da vila, está tomada por um lixão ao ar livre. Acocorados, moradores disputam ali sacos de detritos apodrecidos. Catam sobras de papel, metal e plástico para vender. Mais do que a principal, essa é praticamente a única atividade econômica da comunidade.

                                       

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